quinta-feira, 25 de junho de 2009

Antítese

Eu sinto na pele a bonança incrível das crianças
E os sorrisos tolos de afagos abraços dos cachorros que me amam na rua
Bebo a estripulia matutina do sol que colore de tom claro os meus lençóis vermelhos
E brinco com as gotinhas que dançam virtuosas no meu banho de chuveiro
Mastigo a doçura das risadas dos meus amigos
E sorrio quando, por ventura, uma lágrima respinga e padece na ponta do nariz
Estravaso os limites da loucura quando o que mais quero é ficar em silêncio
E falo tão pouco e tão breve quando a minha vontade é fazer o que não fiz
Não tenho pressa das coisas que vêm
E nem me doem as que passam demais
Alimento-me das pequenas carícias que a vida me fez
E me transbordo das grandes alegrias que ela me faz

1 comentários:

Metamorpheu disse...

:)

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